terça-feira, 8 de setembro de 2009

SEM HONESTIDADE A SOCIEDADE NÃO SOBREVIVE!


Educar para a cidadania. Este é o grande desafio desta geração. Os inúmeros escândalos divulgados pela mídia são resultado de um processo de negação da cultura política, principalmente nas camadas mais populares e um reflexo da constante passividade e até omissão para educar nosso povo para compreender e analisar o processo político de maneira geral.
Em contrapartida a grande esperança é poder constatar que nossos jovens, nossas futuras gerações, têm verificado um poder maio de crítica e reflexão, não sendo desta forma “consumidos” pela alienação.
O aprendizado político ocorre com a prática, com o questionamento e com a Educação pautada no desenvolvimento do senso crítico e no poder do questionamento, muitas vezes contidos na suposta rebeldia do adolescente.
A escola exerce um papel fundamental nesse processo, pois é o lugar do saber e do aprendizado.
E os políticos? Seriam eles as causas maiores da manutenção da corrupção? Não! Não podemos eternamente culpar os políticos que nós mesmos escolhemos. Os políticos são apenas mais um resultado.
O problema é causado por uma absoluta inversão de valores enraizados em nossa sociedade. Uma sociedade que reconhece como valor supremo o sucesso pessoal, representado pela acumulação de bens materiais. Onde o TER, tornou-se muito mais importante do que o SER. A idéia de “salve-se quem puder”. Vejamos como isto reflete em nosso dia-a-dia, principalmente no que consideramos, pequenas coisas: como nas filas, no trânsito, no trabalho, na escola.
A constante competição em que vivemos, tem como resultado o egoísmo: desde aquele que acha que leva uma grande vantagem ao “furar uma fila”, onde os demais esperam pacientemente ou no trânsito, quando o motorista do carro não “dá” passagem ou não concede preferência ao pedestre.
Para mudar esse quadro, precisamos resgatar para alguns ou apresentar valores para outros como a fraternidade, a solidariedade, o diálogo e a honestidade.
E principalmente o resgate da religião.
A religião como exercício e prática diária de valores, que associados a educação, para podermos alcançar uma boa convivência, respeitando diferenças, através da tolerância e a humanização das relações onde a pessoa ao final, seja o mais importante.

Alessandro Pires Staniscia é Advogado e Presidente da Comissão Justiça e Paz da Diocese de Paranaguá.

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