terça-feira, 21 de julho de 2009

ESPAÇO DO AUTO-CONHECIMENTO

Nos dias de hoje e cada vez mais, fala-se muito de auto estima, autovalorização e que é necessário gostar de si mesmo. Entretanto, como parece ser difícil para a maioria das pessoas exercer tal atitude, no dia-a-dia. Essa deveria ter sido uma das lições mais importantes dadas por nossos pais, mas, a cada história que conhecemos, fica evidente que também eles não aprenderam a gostar de si, a se amar. Sabemos que eles, em sua maioria, nos ensinaram a ser educados, amáveis, a deixar o outro feliz e a sempre pensar no outro, antes de tudo, para não sermos egoístas...
Então, nos perguntamos: como lidar agora com a nossa auto-estima, se já estamos tão marcados e fragilizados, agora que já somos ou deveríamos ser adultos?
Talvez, se parássemos para pensar que nossa história de vida é única e que somos os únicos ou principais responsáveis pela história que hoje construímos...
Talvez, se não alimentássemos a crença infantil de que o outro deve nos completar e preencher nossas carências...
Talvez, se acreditássemos mais em nossa força interior e olhássemos a vida com mais flexibilidade e perdoássemos a nós mesmos, antes de tudo, pelas falhas e erros...
Talvez, se não ficássemos tão presos ao passado e valorizássemos mais o "hoje" em nossas vidas...
Talvez, se acreditássemos mais em nós mesmos e se não nos tratássemos como eternos culpados ou devedores...
Talvez, se não nos comparássemos tanto com os outros, mas nos avaliássemos conosco mesmos: o que éramos e o que somos...
Talvez, assim, nossa auto-estima se fortaleceria e se elevaria...
Uma autoestima sólida é como uma pedra lapidada pela maturidade. Se a temos, sentimos orgulho do que até hoje conseguimos e podemos fazer, sem nos compararmos aos outros, já que nosso caminho é único e não possibilita comparações. Se a temos, podemos reconhecer, com serenidade e humildade, nossas limitações e fragilidades. Assim como não encontramos tesouros ou pedras preciosas facilmente e em qualquer lugar, não adianta procurarmos auto-estima, se vivemos em função do que o outro pensa de nós ou do que existe fora de nós.

Ir. Ana Silvia de Andrade Franciscana do Coração de Maria Psicóloga

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